
Mikkel Solnado (concerto)
13 Fevereiro | 21:15 | MU.SA - Museu das Artes de Sintra
Há cinco anos, quando embarcámos na jornada de organizar um festival de cinema, estávamos longe de perceber a dinâmica que visa o progresso de algo tão particular. Não tínhamos relação direta com esta indústria, eu e o Michel Simeão éramos apenas apreciadores de cinema como qualquer outra pessoa, o que era motivação suficiente para programar um evento com estas características. Abrir uma competição, receber filmes e programá-los parecia-nos uma tarefa relativamente simples. Que ingenuidade. Não frequentávamos festivais de cinema, nem tão pouco conhecíamos pessoas relacionadas com a área.
A primeira edição foi produzida em três meses, através de um blog e com uma tímida competição nacional. O Córtex realizou-se na sede da Associação Reflexo em Sintra com uma plateia que rondava as 30 pessoas, o que nos permitiu esgotar todas as sessões, afinal de contas, quantos festivais se podem orgulhar de ter casa cheia logo na primeira edição?! Os filmes foram exibidos através de um projetor caseiro gentilmente cedido pela junta de freguesia de Santa Maria e São Miguel e o nosso programa de sala resumia-se a 3 folhas A4 plastificadas ao jeito de um bilhete de identidade.
Chegámos ao fim com a sensação de missão cumprida, com a certeza que programar um festival de cinema era um trabalho a part-time relativamente fácil.
Aquilo que não sabemos é como se não existisse e naquela altura a nossa ambição era demasiado modesta para o que estava reservado para nós.
Deslocar o Córtex para o Centro Cultural Olga Cadaval na segunda edição, trouxe consigo uma nova dimensão de organização e consequentemente novos desafios e novas áreas a serem contempladas que um Festival de Cinema exige.
Sem nos apercebermos, o que começou por ser um hobby cultural de brincar aos festivais de cinema tornou-se uma intensa experiência que fugiu completamente do nosso controlo e que ultrapassou a largos passos a nossa ambição inicial. (Ler mais)